Pubblicato il Lascia un commento

A Hora Santa

A Hora Santa teve sempre grande importância na devoção ao Coração de Jesus. Papa Pio XI a elogiou e a recomendou na Encíclica “Miserentissimus Redemptor”.

A origem da Hora Santa

A origem desta pratica deve-se a Jesus que, aparecendo na denominada terceira aparição do 1674, pediu à Santa Margarida Maria Alacoque de participar, todas as noites da quinta e sexta-feira, das horas 23,00 às 24,00, à sua agonia no Jardim das Oliveiras. A finalidade desta prática desejada por Jesus é: acalmar a ira de Deus, implorar misericórdia pelos pecados e consolá-Lo pela dor que teve em ser abandoado por seus discípulos.

A Hora Santa de Jesus nas escritas de Maria Valtorta

O 14 de junho do 1944, dois dias antes da Festa do Coração Sagrado de Jesus, a mística católica Maria Valtorta escreveu uma linda meditação a aplicar nesta prática. Consideremos  que nesse tempo, a Itália estava envolvida na segunda Guerra Mundial. Maria Valtorta estava deslocada no Município Toscano de Santo André de Compito (LU). Seu psichê, já provado pela doença física incapacitante que, há anos, a obrigava a ficar na cama, se gravou ainda, seja pelos transtornos  da deslocação, e ainda mais pela forte dor mística da “noite do espírito”, que se manterá após ter o ditado da meditação.  Eu sou de opinião que, a condição em que ela se achava, não lhe permitia gerar as sublimas paginas espirituais da meditação.

Come pôde escrevê-las?

Estudando a obra da Valtorta, me convenci da origem sobrenatural dos escritos, partilhando a opinião que, o famoso biblista católico e abençoado P.e Gabriel Maria Allegra (ofm), deu. Estas constam ser em conformidade à fé e à moral da Igreja Católica e, tal conformidade, permanece inalterável seja para quem as aceita como dão sobrenatural, seja para quem, não crendo, as atribui  à criação das capacidades excecionais da autora.

Flaviano Patrizi

HORA SANTA DE JESUS

“Se não te lavar, não terás parte no meu Reino”

Alma que amo, e a todos vós que amo, escutai: Sou Eu que estou falando, porque quero passar esta hora convosco.

Eu, Jesus, não vos afasto do meu altar, mesmo que venhais a este altar com alma ferida por chagas e doenças ou envolvidas em amarras de paixões que mortificam a vossa liberdade espiritual, e vos amarram no poder da carne e do seu rei, Lúcifer.

Eu sou sempre Jesus, o Rabi da Galiléia, aquele que os leprosos, os paralíticos, os cegos, os possessos, os epilépticos chamavam em voz alta, dizendo: “Jesus, Filho de Davi, tem piedade de mim”. Eu sou sempre Jesus, o Mestre que estende a mão para aquele que está se afogando e diz: “Por que duvidas de mim? “Eu sou sempre Jesus, o Mestre que diz aos mortos: “Levante-te e anda. Eu quero! Sai do teu sono de morte, do teu sepulcro e anda”, e os faço retornar a quem vos ama.

E quem vos ama, ó meus diletos? Quem vos ama com amor verdadeiro, não egoísta, não mutável? Quem vos ama com um amor desinteressado, não avarento, com único fim de dar-vos o que para vós foi preparado e dizer-vos: “Tomai, é tudo vosso! Tudo isso fiz por ti, para que seja vosso, para que possas regozijar? Quem? O eterno Deus! E Eu a Ele vos entrego! A Ele que vos ama.

Eu não vos afasto do meu altar porque esse altar é a minha cátedra, é o meu trono, é a morada do Médico que cura qualquer doença. Daqui vos ensino a ter fé. Daqui, como Rei da Vida, vos dou a Vida. Daqui debruço-me sobre as vossas doenças e as curo com o sopro do meu amor.

Faço ainda mais, ó filhos. Desço desse altar e vou ao vosso encontro. Eis que me faço ver no limiar das minhas casas onde pouquíssimos entram e, ainda menos, entram com fé firme. Eis-me aqui, imagem da paz, apresentando-me nas ruas onde vós abatidos passais, envenenados, cheios de dor, de interesse egoísta, de ódio. Eis que estendo as minhas mãos, porque vejo vocês cambalearem cansados sob o peso das pedras que vos impusestes e que tomaram o lugar da cruz que Eu tinha dado na mão, para que fosse o vosso apoio assim como é o bastão para o peregrino. Eis que vos digo: “Entrai, repousai, Bebei”, porque vejo que estais exaustos, sedentos.

Mas vós não me vedes. Passais encostados a mim, me tocais, às vezes não me vedes por má vontade, outras vezes por obscuridade da vista espiritual, só às vezes olhais para mim. Mas vós sabeis que estais sujos e não vos atreveis aproximar-vos da minha candura de Hóstia divina. Mas esta Candura sabe compadecer-se de vós. Conhecei-me, ó homens, que desconfiais de Mim, porque não me conheceis.

Escultai! Eu quis deixar a Liberdade e a Pureza que são a atmosfera do Céu e descer em vossa prisão, neste ar impuro, para ajudar-vos, porque Eu vos amo. Mais ainda fiz: privei-me da minha liberdade divina e, tornei-me escravo de uma carne. O Espírito de Deus trancado em uma carne, o Infinito trancado em um punhado de músculos e ossos, sujeito a ouvir as vozes desta carne à qual é penoso o frio e o sol, a fome, a

a sede, a fadiga. Tudo isso podia evitar. Eu quis conhecer a tortura do homem decaído do seu trono de inocência para amar-vos ainda mais.

Nem mesmo isso me bastou. Eu quis – porque para compadecer-se precisa sentir aquilo que sente quem padece – sentir o ataque de todos os sentimentos para experimentar as vossas lutas, para entender qual astuta tirania coloca no vosso sangue Satanás; para entender como é fácil ser hipnotizado pela Serpente, quando se olha, por um só instante,no seu olhar sedutor e encantador, esquecendo-se de viver na luz. Porque na luz não vive a serpente. Ela está em lugares escondidos, escuros, que parecem repousantes, mas são unicamente traiçoeiros. Para vós essas sombras têm nomes: mulheres, dinheiro, poder, egoísmo, sensualidade, ambição. Tudo isso vos obscurece a Luz que é Deus. Por trás de tudo isso está a Serpente, Satanás! Parece um cordão de ouro, mas é a corda para o vosso estrangulamento.Eu quis conhecer tudo isso porque vos amo.

Nem mesmo isso me bastou. Para Mim teria sido suficiente. Mas a Justiça de Deus Pai poderia dizer à sua Carne: “ Você sim, triunfou sobre a armadilha do inimigo. O homem-carne como Você, agora, não a sabe vencer e, portanto, seja punido porque Eu não posso perdoar quem é imundo”. Tomei sobre Mim as vossas imundices. Aquelas passadas, as do presente e as futuras. Todas! Mais que Jo, mergulhado em um monturo podre para cobrir as suas próprias chagas, Eu fui, quando, submerso do pecado do mundo inteiro, Eu não ousava nem sequer levantar os olhos para o Céu e gemia sentindo pesar sobre Mim a ira do Pai, acumulada por séculos, consciente das culpas futuras. Um dilúvio de culpas sobre a Terra, desde seu amanhecer até o anoitecer. Uma inundação de maldições sobre o Culpado. Sobre a Hóstia do Pecado.

Ó homens! Eu era mais inocente que uma criança que a mãe beija, após o seu batismo. E o Altíssimo teve horror de Mim porque Eu era o pecado, tendo tomado sobre Mim todos os pecados do mundo. Suei por desgosto. Suei sangue por causa da repugnância dessa lepra que estava sobre Mim, que era Inocente. O sangue rompeu minhas veias pelo nojo desse fedorento estanho onde Eu estava submerso. E para completar esse padecer, com o espremer o sangue do coração, juntou-se a mim a amargura de ser amaldiçoado, porque não era Eu nessa hora,o Verbo de Deus, mas Eu era o Homem. O culpado.

Poderia, Eu que provei tudo isso, não entender a vossa fraqueza e não amar-vos, só porque sois fracos? Eu vos amo por isso. Não tenho que lembrar-me daquela hora para amar-vos e chamar-vos: irmãos!. Mas chamar-vos assim, não é suficiente para que Deus Pai vos possa chamar de: “Filhos”. E Eu quero que Ele assim vos chame. Que tipo de irmão seria se não vos quisesse comigo na casa paterna?

Eis que, então, vos digo:  “Vinde, que Eu vos lavo!” Ninguém é tão impuro que meu banho não o possa purificar. Ninguém é tão puro que não precise do meu banho. Vinde! Não é uma água qualquer. Existem fontes de milagres que curam as chagas e as doenças da carne. Mas esta água é muito mais que todas essas fontes. Essa fonte jorra do meu peito aberto.

Aqui está o meu Coração aberto de onde jorra a água que lava. O Meu Sangue é a água mais clara que está na criação. Nele se curam as enfermidades e imperfeições. Branca e íntegra volta a ser vossa alma, digna do Reino.

Vinde! Deixai-me que vos diga: “Eu lhes absolvo!” Abra-me o vosso coração!Nele estão as raízes dos vossos males. Deixai-me entrar nele. Deixai-me desamarrar suas vendas!  As vossas chagas repugnam vocês?  Vistas sob à minha Luz aparecem como aquilo que são: repletas de vermes repugnantes. Não os olhem! Olhem para as minhas chagas. Deixai-me fazer. Eu tenho a mão leve. Vocês sentirão como se fosse uma carícia … E tudo será curado. Vocês sentirão como se fosse um beijo e uma lágrima. E tudo será limpo.

Ó, como sereis belos, então, ao redor do meu altar! Anjos entre os anjos do Cibório. E grande alegria terá meu coração. Porque Eu sou o Salvador e não rejeito ninguém. Mas Eu sou também o Cordeiro que se delicia entre os lírios e, me delicio ser circundado de candura, porque para fazer-vos cândidos tornei-me carne/vida.

Ó como vejo o Deus Pai sorrir por causa de vós e vos radiar do Amor de seus fulgores, porque não sois mais manchados de pecado!

Vinde à fonte do Salvador! O meu Sangue desça na alma contrita e uma voz, junto com a minha, diz: “Eu ti absolvo em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo”.

“Um de vós me trairá”

Um de vós me trairá! Sim, na proporção de um a doze, um de vós me trairá.

Cada traição é mais dolorosa que uma lançada. Olhe a Humanidade do seu Redentor. Da cabeça aos pés é tudo uma só ferida. A flagelação horroriza aqueles que a meditam e faz agonizar quem a experimenta. Mas era tormento de uma hora. Vós que me traís, dais flagelação ao meu Coração.  Há séculos que vós o fazeis.

Eu vos amei. Eu vos amo. Eu vos tenho compaixão. Eu vos perdôo. Lavo a vós derramando o Sangue, para o banho purificador, e vós me traís.

Sou o Verbo de Deus. Sou glorioso no Céu. Mas neste Céu não existo apenas como um espírito, mas também em Carne. A carne tem sentimentos e afeições. Por que vós quereis renovar-me, em continuação, esse fogo que me está corroendo por proximidade de um traidor? O Céu está longe? Não, filhos que me traem. Estou perto de vós. Estou entre vós. E vós me queimais com o fogo da traição.

Olho para vós, procurando um conforto, entre as diferentes classes de pessoas. E, em cada uma encontro olhares traiçoeiros. Porque me traís? Eu estou entre vós para fazer o bem. Por que vós quereis ferir-me? Eu vos trago meus presentes. Por que vós me jogais víboras venenosas? Eu vos chamo: “Amigos”.  Por que me respondeis: Maldito”? Qual mal  vos fiz? Quem de vós conhece um homem que seja mais paciente e melhor do que Eu?

Olhai! Quando vós estais felizes, ninguém vos abandona. Mas se vós chorais, se a riqueza vos abandona, quando uma doença torna-se contagiosa, todos se afastam de vós. Eu fico.  Na verdade, Eu vos acolho, porque nesse momento vós vindes a mim. Quando vós não tendes mais  ninguém a chorar e falar, então vós vos lembrais de mim. E Eu não digo: “Ides embora, porque não vos conheço”. Eu o poderia dizer, porque na verdade enquanto vós éreis ricos, com saúde e felizes não viestes a dizer-me: “Obrigado por aquilo que me estás dando”. Mas não, Eu não pretendo nem mesmo isto daqueles que ainda não são grandes no amor. Não exijo o “obrigado”.  Para Mim seria suficiente que me dissésseis: “Estou feliz”. Dizer isso. Não contar-me como um estranho a vós. Lembrais que também Eu estou aí. Tenhais um pensamento para este Jesus. O “obrigado”o diria Eu  por vós a Deus: Pai Meu e vosso. Em vez disso, vós não vindes nunca. Eu poderia dizer-vos: “Não vos conheço”. Ao contrário, abro os meus braços e digo: “Vinde, que choramos juntos”.

Olhai. Estou na prisão, nas celas pequenas e humilhantes, sentado no mesmo banco do prisioneiro e falo a ele de uma liberdade mais verdadeira do que a que se encontra além daquelas quatro paredes, de uma liberdade que não teme mais ser ferida por falhas que devem ser punidas. No entanto aquele prisioneiro é um dos que me traiu, recusando a minha lei de amor. Talvez ele tenha matado. Talvez ele tenha roubado. Mas agora ele Me chama. Aqui estou Eu com ele. O mundo despreza-o. Eu o amo. Disse “amigo” para quem estava Me matando e Me roubava a vida. Posso chamar de “amigo” este infeliz que se volta para mim.

Sou, chama de amor, entre os doentes. Suas febres conhecem o meu carinho, seus suores o Meu sudário, seus sofrimentos o meu braço que suporta, suas angústias a minha palavra. No entanto, muitos estão doentes por terem traído a minha lei. Eles serviram a carne. E a carne, fera louca, perdeu-se e agora vos fará perder também nessa vida. No entanto, aqui estou Eu, o Único que não se cansa de seus males, vigio e sofro com eles, sorrio para as suas esperanças e, assim que o Pai quiser, realizo-as. Mas se Eu vir que o decreto é a morte, eis que tomo este meu irmão, que treme diante do mistério da morte que o está chamando e digo: “Não tenha medo. Você acha que é escuridão: é luz. Você acha que é dor: é alegria. Dê-me sua mão. Eu conheço a morte. Eu a conheci antes de você. Eu sei que é apenas um momento e que Deus sobrenaturalmente vem para aliviar o momento e não esmagar a alma,para que não se oprima na luta extrema. Confia em Mim. Olhe para Mim. Só para Mim… Ei! Está vendo? Você cruzou o limiar. Venha comigo agora, para Pai. Não tenha medo nem mesmo agora. Eu estou com você. O Pai ama aqueles que Eu amo”.

Estou nas casas desertas. Antes estavam cheias de alegria. Passou a morte ou a miséria. O sobrevivente vagueia sozinho. Os amigos fugiram. Os amados estão longe, por causa do trabalho ou a morte. Há sol no céu, mas ao sobrevivente tudo é noite. Há paz no ar da noite, mas o sobrevivente não tem repouso. No entanto, muitas vezes naquela casa fui traído, ao fazerem das criaturas, deuses. Amava-se idolatradamente as criaturas traindo a minha lei. Mas Eu entro na casa para colocar um raio de luz na escuridão, para infundir paz onde há tempestade. O sobrevivente me chamou… Talvez perdido em pensamentos… Talvez sem nenhuma vontade real por mim . Mas Eu vou sem demora.

Ó! Eu só peço para ficar convosco. Cada recordação de erro passado cai quando vós me chamais: “Jesus!”.

Porém, não me flagelem o Coração. Já está aberto e versado o sangue. Não envenenem sua lesão. E para aqueles que entenderam a minha dor de traição, digo:  “Um de vós me trairá. Dêem-me  o vosso amor fiel como bálsamo”. Eu o digo a todos. Aos santos que são os meus prediletos, assim como a Deus. Como Jesus aos pecadores, meus prediletos. Porque também os pecadores, pelos quais me tornei Jesus, podem tratar essa lesão.

Sois samaritanos? O sei. Mas  a minha parábola fala sobre o bom samaritano que trata ou cura as lesões não curadas pelos filhos da Lei, que passam além, absorvidos na pressa por servir a Deus. Eles não sabem que a Deus se serve mais amando que fazendo práticas ritualistas.

Eu sou o Ferido caído em seus caminhos. Os ladrões me assaltaram e me despojaram. Os ladrões: os que usufruem indignamente do meu sacrifício de Deus feito carne. Despojaram-me: recusando vários dos meus atributos, com suas heresias. Recusaram a Verdade porque essa veste brilhante para eles é cobiça. Mas eles não sabem que brilha porque quem a veste é Sol, e nas mãos deles, cobre-se de saliva soberba da mente, torna-se um trapo.

A Verdade é a verdade, e esta luz ilumina todos quantos a vêem em união com Deus. Dividida, torna-se linguagem  babélica. Porque a Verdade é Ciência e Sabedoria. Mas separada de Deus torna-se caos.

Medicam-me embora sejam samaritanos. Dá-me o seu óleo e vinho. O Óleo: o amor; o vinho: a contrição do seu ser. Medicam-me. Eu não desprezo ninguém. A  pecadora que refrescou os meus pés cansados vai falar e dizer se Eu desprezo o pecador! Mas não me traiam nunca mais. Vá e não peques mais. Tudo vos perdôo, se tudo é amor em vós. Dá-me um beijo sincero. Meu rosto queima pelos beijos dos traidores. Cura-o com o beijo da lealdade.

Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei

Desde o berço até a cruz. De Belém ao Monte das Oliveiras Eu vos amei. O frio e a miséria da minha primeira noite no mundo não me impediram de amar-vos com o meu espírito e, aniquilando-me até não sendo capaz de dizer, Eu, Verbo: “Vos amo”. Eu o disse com o meu espírito, indissociável da voz do Pai e juntos operando em uma inesgotável atividade.

A agonia da minha última noite na Terra não me impediu de amar-vos. Pelo contrário, chegou ao pico mais alto do amor; ardeu do mais ativo fogo; consumiu  tudo o que não era amor até espremer, juntamente com o nojo do pecado e a dor do abandono paterno, o sangue das minhas veias.

Qual amor maior do que este, se sabendo odiado sabe amar? Eu vos amei assim.  O primeiro gesto de minhas mãos, uma carícia. O último, uma bênção. E entre estes dois gestos, o primeiro nascido na escuridão de uma noite de inverno, o ultimo no esplendor de uma ardente manhã de verão. Trinta e três anos de gestos de amor, em resposta a muitas outras manifestações de amor. Amor de milagres, amor de carícias a crianças e amigos, amor de mestre, amor de benfeitor, amor de amigo, amor, amor, amor…

É mais que humano o amor na última Ceia. Antes que essas minhas mãos fossem amarradas e furadas, lavaram os pés dos apóstolos, também por aquele que Eu queria lavar o coração, e partilhar o pão. E com aquele pão partiu-me o Coração. Aquele pão vos dei. Porque sabia estava próxima a volta para o Céu e não queria deixá-los sozinhos. Porque Eu sabia como vós sois fáceis de esquecer e queria que vós vos vísseis, irmãos, sentados em uma única mesa, em torno ao meu refeitório, para dizer uns aos outros: “Nós somos de Jesus!”.

Qual amor maior que aquele que sabe amar quem o tortura? No entanto Eu assim amei vocês. E para vocês rezava, no estante que estava morrendo.

Amais-vos uns aos outros como Eu vos amei. O ódio extingue a luz. Mesmo o mero rancor obscurece a paz. Deus é paz, é luz, porque Deus é amor. Mas se vocês não amam, e não amam como Eu vos amei, não poderão ter Deus! Digo: Como Eu vos amei. Portanto, sem soberba. Deste tabernáculo, dessa cruz, deste Coração só saem palavras de humildade. Sou Deus e sou teu Servidor e estou aqui vos esperando dizer-me: “Estou com fome” para dar-vos Pão. Eu sou Deus e me apresento nu e maldito, aos vossos olhos, sobre uma madeira que era patíbulo infame. Eu sou Deus e vos imploro a amar o meu Coração. Vos imploro. Para o vosso bem, porque amando-me fazem o bem a vós mesmos. Eu sou Deus. Com ou sem o vosso amor permaneço sempre Deus. Mas vós não. Sem o meu amor vós não sois nada: só poeira.

Eu quero-vos comigo. Eu vos quero aqui. Quero fazer dessa poeira luz de êxtase. Não quero que vós morrais, mas que sobrevivais porque Eu sou a Vida e Eu quero que vós tenhais a Vida.

Amai-vos sem egoísmos, porque seria um amor impuro, destinado por morrer de doença. Amai-vos querendo para os outros ainda mais bem do que desejais para vós. É muito difícil. Eu sei. Mas vós estais vendo esse Pão da Eucaristia? Ele fez os mártires. Eram criaturas como vós: medrosas, fracas, também viciosas. Esse Pão os tornou heróis.

No primeiro ponto indiquei o meu Sangue para a vossa purificação. No terceiro ponto, para torná-los santos, mostro-vos essa Mesa e esse Pão. O Sangue fez que vós pecadores ficásseis justos. O Pão dos justos vos faz santos. Um banho limpa, mas não dá nutrição. Refresca, restaura, mas não se torna carne na carne. O alimento, por sua vez, torna-se sangue e carne, torna-se a si mesmo. O meu Alimento torna-se vós mesmos.

Oh, pensai! Olhai uma criança! Hoje ela come o seu pão e assim amanhã, e amanhã, e amanhã. Eis que se torna um homem: alto, robusto, bonito. Foi sua mãe que o fez assim?  Não. Sua mãe o tem concebido, o levou consigo, o deu à luz, o amamentou e o amou, o amou e o amou. Mas a criancinha, se depois do leite da mãe tivesse só banhos, beijos e amor, ela teria perecido por inanição. Aquela criança torna-se grande pela alimentação de adultos. Esse homem agora é tal porque comeu seu alimento diário. O mesmo é para o seu espírito. Alimentai-o com o Alimento verdadeiro que desce do Céu e traz todas as energias para torná-lo viril na Graça. A virilidade saudável e forte é sempre bom. Veja como é mais fácil de ver uma pessoa doentia, ser dura e sem compaixão e paciência. O meu Alimento vai fazer-vos saudáveis e fortes, com espírito viril e, sabereis amar-vos uns aos outros mais do que a vós mesmos, como Eu vos amei.

Porque, olhem filhos meus, Eu vos amei não como se ama a si mesmo. Mas, mais do que Eu mesmo me amei. Tanto vos amei que Eu entreguei-me à morte para salvar-vos da morte. Se assim amardes, conhecereis a Deus. Vocês sabem o que quer dizer conhecer a Deus? Quer dizer conhecer o sabor da verdadeira Felicidade, da verdadeira Paz, da verdadeira Amizade.

Ah! A Amizade, a Paz, a Felicidade de Deus! São recompensas prometidas para os abençoados. Mas já são dadas como prêmio para aqueles quem amam nessa Terra com todo o seu ser. O amor para ser verdadeiro não é feito por palavras. Mas por atos. Ativo como sua fonte que é Deus. Ele nunca  se cansa de trabalhar, nem mesmo por desilusões que vêm dos irmãos. Pobre amor aquele que cai como ave com asas fracas quando um obstáculo fere-o! O amor verdadeiro, mesmo magoado, sobe. Com as unhas e com o bico ele sobe, se não pode mais voar, e para não ficar na sombra e na geada, coloca-se ao sol, cura se de todos os males. E logo revigorado retorna a voar. E vai de Deus aos irmãos e desses a Deus, como borboleta angelical que traz os polens dos jardins do céu para fertilizar as flores da Terra, levando os perfumes, raptados das flores mais humildes para Deus, para que os receba e os abençoe. Mas ai, se ele se move para longe do sol. O Sol é a minha Eucaristia, pois nela está o Pai que abençoa, o Espírito amante, e Eu, o Verbo, que opera. Vinde e tomai. Este é o Pão que ardentemente vos peço de consumir.

“ Se permanecerdes em Mim e se permanecer em vós meu ensinamento, vos será dado tudo aquilo que pedirdes”.

Eu desço em vós e faço-me alimentação em vós. Mas, como Centro que sou, vos atraio a mim. Vos nutris de Mim, mas com mais razão nutro-me de vós. As duas fomes são insaciáveis e contínuas. A videira alimenta seus rebentos. Mas são os rebentos que fazem a videira. A água alimenta os mares, mas são os mares que alimentam a água, subindo na evaporação para descer novamente. Portanto, vós deveis permanecer em Mim como Eu em vós. Separados, não Eu, mas vós morrereis.

Eu sou o alimento para o espírito e o alimento para o pensamento. O espírito é nutrido pela Carne de um Deus. Essência derramada por Deus, não pode ter por alimento senão aquilo que é sua origem. O pensamento alimenta-se por minha Palavra que é o Pensamento de um Deus.

Vossos pensamentos! A inteligência é o que faz vocês semelhantes a Deus porque na inteligência tem memória, intelecto e vontade, como no espírito tem a semelhança para ser espírito, livre e imortal. Vosso pensamento, para ser capaz de se lembrar, entender, querer o que é bom, deve ser alimentado por minha doutrina. Essa vos recorda os benefícios e as obras de Deus, que é devido a Deus. Ela vos faz conhecer o bem e discerni-lo do mal. Essa vos faz querer fazer o bem. Sem a minha doutrina vos tornais escravos de outras, que têm nome de doutrina, mas são erros. E como um navio sem bússola e leme vai naufragar, saindo das rotas seguras. Como podeis,então dizer: “Deus me abandonou” quando sois vós a abandoná-lo?

Permanecei em Mim. Se não permanecerdes, é sinalão que vós me odiais. Meu Pai odeia aqueles que me odeiam, porque quem Me odeia, odeia o Pai, sendo Eu um com o Pai. Permanecei em Mim! Façais com que o Pai não venha a distinguir os galhos separados da videira, tanto estão unidos. Façais com que o Pai não possa ver onde Eu acabo e vocês começam, tão grande é a semelhança. Quem ama acaba tomando do amado seu jeito de ser, o falar e seus gestos.

Eu quero que sejais outros Jesus. Quero isso porque assim obtereis o que pedirdes – fundidos a Mim  pedireis somente coisas boas – sem recusas. Isso porque quero que vós  tenhais ainda mais  do que pedis, porque o Pai derrama em um fluxo contínuo de amor os seus tesouros em seu Filho. E quem é no Filho desfruta dessa infinita efusão, que é o amor de Deus que se derrama no seu Verbo e que nele circula. Eu sou o Corpo e vós sois os membros, e, portanto, o júbilo que me invade e que vem do Pai, o Poder, a Paz e todas as outras perfeições que circulam em Mim, descem sobre vós, meus fiéis que são parte de Mim, inseparáveis aqui e além.

Venham e peçam! Não tenham medo de pedir. Tudo vós podeis pedir porque Deus tudo pode dar. Peçai para vós e por todos. Eu vos ensinei. Peçai pelos presentes e ausentes. Peçai pelo presente, pelo passado e pelo futuro. Peçai por este seu dia e por vossa eternidade, por vós e por aqueles que amais.

Peçai, peçai, peçai. Peçai para todos!Pelos bons para que Deus os abençoe. Pelos malvados para que Deus os converta. Repitais comigo: “Pai, perdoa-lhes”. Peçai saúde, a paz em seu lar, a paz mundial, a paz para a eternidade. Peçai a santidade. Sim, também essa. Deus é o Santo e é o Pai. Peçai a Ele, junto com a vida que vos mantém, a santidade através da Força que vem Dele. Não tenhais medo de pedir o pão nosso de cada dia e a benção para cada dia. Vós não sois só corpo e não ainda sois todo espírito. Peçai para isto e aquilo, e recebereis. Não tenhais medo de ousar demais. Eu pedi por vós a minha própria glória, na verdade Eu já a dei a vós, para que sejais semelhantes a Nós que vos amamos e o mundo todo saiba que vós sois filhos de Deus.

Vinde! Nesse meu Coração está o vosso Pai! Entreis, para que Ele vos reconheça e diga: “ Seja feita grande festa nos Céus porque Eu reencontrei um filho que amava”.

“Te contentei”, diz Jesus! “Falei sempre! Quis que falasse minha Voz eucarística. A tenhais como meu presente! Abençôo a ti e a todos aqueles que a vão escutar.

 

Se a leitura o ajudou, deixe seu comentário abaixo.
Se você gostaria de sugerir-nos alguns tópicos, diz-nos, e vamos tentar traduzir e publicar trechos Valtortianos de teu interesse.

Mario Calabrò

Lascia un commento

Questo sito usa Akismet per ridurre lo spam. Scopri come i tuoi dati vengono elaborati.